quinta-feira, 29 de março de 2012

A busca do Titanic



Há 100 anos o Titanic afundou. Seus destroços foram achados em 1985, no final de uma operação secreta da Marinha americana que visava investigar dois submarinos nucleares perdidos nos anos 1960.


Mais uma infografia que tivemos que pesquisar muita, apesar de muitas idéias terem sido descartadas, chegamos a um info honesto. Nossa meta era contar um pouco a história que levou Robert Ballard a encontra o Titanic, mas o resultado avabou mostrando mais o Titanic que a saga.

Um aviso, desconsiderem a fumaça da última chaminé, ela não era uma chaminé e sim um duto de circulação de ar, quando falamos sobre esse detalhe (no final da produção) fomos desencorajados a alterar o arquivo, coisas de redação e deadline.

Produzido por: Gerson Mora, Marco Vergotti e Pedro Schimidt

terça-feira, 27 de março de 2012

Fazer e pensar infografia


Ao longo dos 22 nos que trabalho com infografia interagi com muita gente de redação, de jornalistas a arte-finalistas (existia essas profissão nos início dos anos 90) de repórteres a ilustradores, de revisores a cartunistas. Uma gama imensamente variada de conhecimentos, estilos, modo de vida e logicamente opiniões.
Considero que essa ampla variedade foi decisiva para minha formação, considero que esse “caldeirão” múltiplo é seguramente responsável por 90% de como penso hoje sobre infografia, ainda que o mundo fora redação não tenha idéia do que é um infografista sinto que ser um me dá oportunidade de exercer uma profissão singular, e isso no mundo atual é uma exceção. O universo da infografia, mesmo sendo minúsculo é fervilhante nos debates acalorados, com questões que vão do famoso estético ou analítico da discussão semântica infográfico ou infografia, e também da expressão arte significar infografia.
Neste cenário a profissão se apareceu, evoluiu, mas ainda não se explicou plenamente.
Infografia é jornalismo?
É arte?
É design de informação?
Nos não muitos materiais publicados sobre infografia existem opiniões absolutamente opostas, e assim sendo não existe consenso. O ponto de une todas as opiniões é:
A infografia veio para ficar.
Independente da plataforma, impressa ou digital, é fato que ela cresce continua e expressivamente e não existe nada que indique retração, assim sendo estamos diante de alguns impasses, porém vou me ater a apenas um deles.
Se uma área cresce, é natural que os profissionais que vivem dela se especializem em conceitos e ferramentas para obter resultados que venham a alavancar sua profissão. Partindo desta premissa, então a questão primordial é:
Os infografistas estão se especializando em quê?
Conceitos ou ferramentas de produção?
Tenho participado de algumas conversas que me motivaram a meditar sobre a forma como nos preparamos. Falo com quem como eu respira infografia todos os dias, mas que a cada novo trabalho se defronta com conceitos subjetivos.
Quem nunca ficou frustrado ao idealizar um trabalho, no qual todos os passos como pauta, conceito, hierarquia, informação e narrativa foram atingidos plenamente, porém este esforço se mostrou inútil durante o processo de edição?
Em muitas conversas que tive com Alberto Cairo falamos sobre isso e entendo que o maior problema reside de fato nos próprios infografistas, e aí eu me incluo.
Nós fazemos ou pensamos infografia?
Nós fazemos jornalismo ou arte?
O debate jornalismo ou arte acaba sempre desembocando em expressões que não geram nenhum resultado prático. O fato é simples trabalhamos em jornais e revistas que são empresas jornalísticas, ou seja produzimos material jornalístico, e como tal devemos entender o processo.
Sendo assim, então todos os infografistas pensam jornalisticamente?
Presenciei muitos casos em que o jornalista responsável, seja ele repórter ou editor não apenas mostraram que a linha de raciocínio do infografista estava errado como era completamente subjetivo. Argumentos como bonito, impactante, compor, e equilibrar eram facilmente refutados pois não tinham fundamentação.
Em muitos casos o repórter estava correto, mas naqueles em que não estava utilizava o histórico a seu favor para conduzir conforme sua visão. Em simples palavras muitos não acreditam na capacidade jornalística dos infografistas.
A cultura centenária das redações ainda é a dos textos acima de qualquer outra forma.
Jornalistas formulam, infografistas executam.
O maior exemplo que vi foi um jornalista decidir as cores, espessuras de fio e a qualidade das ilustrações que compunham o infográfico, o mais curioso é que ele foi atendido prontamente. Isto demonstra que ainda que um jornalista não tenha nenhum conhecimento técnico sobre design, hierarquia visual, composição ou teoria da cor ele detém a opinião final.
Como então podemos debater sobre assuntos de seu domínio como pauta e apuração?
Sendo jornalistas.
Conhecendo os conceitos com a mesma profundidade.
Não se debatem idéias sem preparo, não se discute jornalismo sem conhecer jornalismo.
Quando me deparo com frases como:
infografistas não tem que fazer pauta, isso é trabalho para a redação. Com a nítida afirmação que não somos.
Na maioria das redações do Brasil e do mundo a infografia é um braço da editoria de arte, até aí nada de errado, mas esse fato reforça que infografia é um crossover nas redações, não é jornalismo em sua totalidade nem arte. Por conseqüência vejo o mesmo em relação a profissão de infografista, não é jornalista nem artista.
Esse é o grande desafio, estabelecer o jornalismo visual,
Aprecio imensamente o jornalismo, e apesar de não ser um com formação acadêmica me considero um. É imensamente gratificante pensar da pauta ao infográfico pronto, produzindo em todas as etapas, mas não solitariamente, a infografia é também exercício de sinergia, assim como o jornalismo tradicional. Não existe matéria produzida por apenas uma pessoa, durante sua apuração e edição é comum ver jornalistas discutindo profundamente detalhes, pontos de vista e viés.
A infografia por ser multidisciplinar é um laboratório a cada trabalho, desperdiçar o pensamento coletivo é limitar o potencial de um trabalho.
Antes de tudo é necessário uma reflexão individual sobre que tipo de infográfico produzimos, e qual é minha atividade como infografista.
Acho que podemos dividir em três níveis distintos:

1) Passivo
Seria o que nos anos 90 chamávamos de arte finalista. Recebe um trabalho que já foi idealizado por alguém, mas a atividade se resume a organizar, sendo o infografista apenas um profissional que organiza e deixa “bonito” (expressão popular nas redações).

2) Pró-ativo
Recebe uma pauta escrita e definida, mas pesquisa para encontrar algo além do que foi proposto. É o profissional que confronta, tenta somar e analisa as possibilidades, que sempre acredita que existe mais do que lhe foi entrega.

3) Pleno
Procura pautas, cria sua lista de fontes, escreve, edita textos, olha oportunidades e possibilidades em qualquer tema. Este é o profissional que muitas vezes debate, argumenta profundamente com editores e repórteres sobre cada ponto, sugere e estuda minuciosamente, analisa números cruza referências e opiniões, tem capacidade de produzir em todas as etapas, ou seja tem capacidade de gerir e influenciar intelectualmente.

Um detalhe curioso é que principalmente no Brasil (mas não apenas) quase todo o contingente de infografistas não possui jornalistas de formação em suas equipes, mas a maioria é composta por ilustradores, artistas gráficos, então é natural que a visão da infografia (nas redações) seja a de profissionais artistas mas não jornalistas, talentosos porém artistas.
Infografia é jornalismo, mas estamos nos preparando conceitualmente ou estudando ferramentas de design apenas?
Vejo muitos colegas que estão preocupados em estudar HTML, Java ou aprender 3D, isso é absolutamente importante, mas não é o principal. Concordo com o Alberto quando ele diz que qualquer um pode pensar infografia, mas vejo a infografia preocupada com visual e pouco com jornalismo.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Gastos de brasileiros no exterior - Infográfico (2012) Época


Produzido para Revista Época.
Existem infográficos que pela própria natureza da pauta as idéias fluem, este é um deles.
Este é mais um dos que a pauta surgiu na infografia, discutimos algumas vezes sobre esse assunto após ler na mídia a informação do enorme crescimento de gastos de brasileiros no esterior. Após passar a notícia existia a sensação que esta seir mais uma proposta que seria engavetada, mas como tínhamos um conceito que ainda que não fosse nova a notícia era muito interessante e relevante para ser esmiuçada.
A pauta foi aprovada e agora o desafio seria mostrar o lado além apenas da notícia, nos debruçamos sobre muitas variáveis e consiguimos encontrar uma proposta muito abrangente, comparando os gastos de países estrangeiros co  o Brasil em diversos níveis. Comparando crescimento da população com valores em US$, forama muitas as paradas para repensar o conteúdo. Enquanto o Rodrigo pensava na hierarquia de cada ponto a ser comparada (e desenhava) muitas vezes (e foram muitas mesmo) alinhavamos o caminho.
Discutimos muitos pontos com a reporter Luciana Vicária que entrou na produção aos 45 do segundo tempo, mas foi de uma competência incrível, por muitas vezes tivemos que usar de persuasão para convencer a diretoria executiva que a proposta estava clara, por sinal cabe dizer que o Diretor Alexandre Mansur nos apoiou muito e acreditou na nossa pauta.
Enfim um info como diria Alberto Cairo. analítico e investigativo em base de dados.
Produzido por: Gerson Mora,  Rodrigo Fortes e Luciana Vicária (textos)

Para conhecer mais infográficos que publiquei e que estou publicando atualmente veja:

Flickr Gerson Mora
Maná e.d.i. (em construção)

quinta-feira, 15 de março de 2012

Malofiej 20

No dia 19 de março começam as atividades do Malofiej 20, Evento que premia anualmente os melhores trabalhos de infografia produzidos no mundo. Os vencedores e serão conhecidos no dia dia 23 de março.
Vale a pena conferir pelo site: http://www.malofiej20.com/